Cores Psicodélicas

Interferência em Filmes Finos é o nome dado nos livros ao fenômeno abaixo. As cores são diferentes das cores do arco-íris pois não se trata de algum comprimento de onda específico tendo sua intensidade aumentada, mas um comprimento de onda tendo sua intensidade anulada, devido a uma interferência destrutiva. A cor que vemos é a combinação da reflexão das demais, portanto a cor complementar da que está sendo anulada.

Mais imagens legais no meu pinterest.

Por que folhas são verdes?

Fonte: http://gabrielhemery.com/2011/06/20/sun-and-shade-leaves/

Ou ainda, se o espectro do sol tem um pico próximo do verde, por que folhas de plantas refletem boa parte do verde e absorvem mais azul e vermelho? Não seria mais energeticamente favorável fazer o oposto?

Espectro da luz solar. A curva de cima, o espectro que chega acima da atmosfera terrestre. Abaixo, depois de absorvida pela atmosfera. Fonte: http://www.astro.virginia.edu/~kej7a/Teaching/AST313/Lectures/Lecture13.html

A Clorofila-A, principal pigmento absorvedor de energia de boa parte das plantas, é que dá a coloração esverdeada que conhecemos. Esse pigmento é facilmente destruído por intensa radiação. A estrutura molecular do pigmento é quebrada se submetida a altas energias luminosas. Além disso, a absorção somente no azul e vermelho já fornece quantidade de energia suficiente para a sobrevivência da planta. Então, além de perigoso para a planta, absorver luz verde é também desnecessário.

Pelo mesmo motivo muitas folhas de plantas em regiões de tundra, onde a luz solar é menos intensa, apresentam coloração mais escura. É comum nessas regiões até mesmo folhas vermelhas. Ou seja, a folha absorve a parte mais energética da luz solar, e reflete somente as partes menos energéticas. Mesmo em regiões tropicais, um fenômeno bastante conhecido é o escurecimento de folhas em sombras, como a da imagem do início deste post.

Marcelo Gleiser no livro “Criação Imperfeita”

“O que estamos aprendendo é que não existe um grande plano cósmico, uma explicação-mãe para o que ocorre no nosso Universo. Nosso cosmo está aqui como poderia não estar, uma bolha que emergiu acidentalmente com os ingredientes certos para sobreviver ao seu próprio colapso e para promover, através das interações entre os seus componentes, uma complexificação gradual da matéria que acabou levando aos seres vivos. A ordem que tanto buscamos na Natureza não passa de um reflexo da ordem que tanto buscamos nas nossas vidas. O mundo só é belo porque somos nós que o olhamos.”

As escalas do Universo

Esse link aqui possui um aplicativo muito legal para termos um pouco de noção das diferentes escalas do nosso universo.

http://htwins.net/scale2/lang.html

É interessante, ao observarmos esses objetos, termos sempre em mente os domínios de validade das diferentes teorias. Do nanômetro até as maiores escalas, a física clássica pode ser utilizada, exceto para alguns objetos extremamente massivos ou energéticos, como Estrelas de Nêutrons, onde a Relatividade Geral descreve melhor. Por “física clássica” eu me refiro à Mecânica Newtoniana e ao eletromagnetismo clássico, descrito principalmente pelas equações de Maxwell.

Em escalas comparáveis ou menores que nanômetros, a física clássica começa a não funcionar muito bem, e a física quântica passa a entrar em campo.